Array
(
[0] => WP_Post Object
(
[ID] => 22191
[post_author] => 3
[post_date] => 2025-04-25 15:06:17
[post_date_gmt] => 2025-04-25 18:06:17
[post_content] =>
Seis escolas da rede municipal de Rio das Pedras deram um novo significado aos seus espaços pedagógicos para fortalecer o brincar, o cuidado e o contato com a natureza, pilares fundamentais na aprendizagem das crianças pequenas. A iniciativa “Novo Olhar para os Espaços Escolares”, faz parte de uma parceria com o Instituto Arcor Brasil, que disponibiliza apoio técnico e financeiro para que as unidades repensem seus ambientes internos e externos, tornando-os mais acolhedores, potentes e alinhados às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Mais de mil crianças da Educação Infantil foram impactadas diretamente pelas melhorias, que priorizam experiências lúdicas e significativas no cotidiano escolar. Os espaços renovados estimulam a curiosidade, a imaginação, a exploração e o movimento.
“Nossa missão é contribuir para que crianças e adolescentes tenham igualdade de oportunidades por meio da educação. Esta iniciativa só acontece graças ao engajamento de todos os educadores envolvidos, que acreditam na importância de ambientes que respeitam a infância e favorecem o desenvolvimento integral”, afirma Milena Porrelli, coordenadora do Instituto Arcor Brasil.
Segundo Josiane Rodrigues Custódio, da Secretaria Municipal da Educação de Rio das Pedras, a parceria com o Instituto Arcor fortalece a concepção de espaços educativos como elementos fundamentais no processo de aprendizagem das crianças. “Essa colaboração amplia nosso olhar para os ambientes da Educação Infantil, respeitando as especificidades de cada escola e de cada criança, como prevê a legislação educacional vigente”, destaca.
“Ambientes planejados e organizados de forma intencional, conforme os direitos de aprendizagem das crianças, favorecem o desenvolvimento motor, cognitivo, social e emocional. Por meio do brincar e das interações com os materiais e com os colegas, as crianças constroem conhecimentos de forma ativa e prazerosa”, explica Lucileia Marchioreto, coordenadora pedagógica da Creche Octavia Pardi Schiavon.
As escolas participantes desta edição foram: EMEI Pastor Antonio Rubia, Creche Octavia Pardi Schiavon, Creche e Pré-Escola Municipal Padre Geraldo Moreira César, EMEI Ivanilde Bertoli Bettiol, Núcleo de Promoção Social Irene Miori Zandoná e EMEI Prof. Nelson Rosamilha. Os projetos iniciaram em outubro de 2024 e são acompanhados pelo Instituto Arcor pelo período de um ano.
Além disso, as demais escolas de educação infantil da cidade também são beneficiadas pelas formações oferecidas pelo Instituto Arcor, portanto, todos os professores da rede municipal de ensino recebem formações temáticas, a fim de potencializar seu trabalho diário e o desenvolvimento integral das crianças.
[post_title] => Escolas municipais de Rio das Pedras dão NOVO OLHAR a espaços escolares com apoio do Instituto Arcor
[post_excerpt] =>
[post_status] => publish
[comment_status] => closed
[ping_status] => closed
[post_password] =>
[post_name] => escolas-rio-das-pedras-novo-olhar-espacos-instituto-arcor
[to_ping] =>
[pinged] =>
[post_modified] => 2025-04-25 15:06:17
[post_modified_gmt] => 2025-04-25 18:06:17
[post_content_filtered] =>
[post_parent] => 0
[guid] => https://fundacionarcor.org/?p=22191
[menu_order] => 0
[post_type] => post
[post_mime_type] =>
[comment_count] => 0
[filter] => raw
)
[1] => WP_Post Object
(
[ID] => 22076
[post_author] => 3
[post_date] => 2025-04-10 18:00:36
[post_date_gmt] => 2025-04-10 21:00:36
[post_content] =>
Encontro aconteceu no dia 7 de abril, no Teatro Padre D’ Man, na Puc e no Parque Fernão Dias
Mais de 150 professores da rede municipal de Contagem participaram da formação “Óculos Pedagógicos: Enxergando as possibilidades nas aulas de Educação Física”, no dia 7 de abril, segunda-feira. A iniciativa teve como objetivo principal capacitar professores a utilizar estratégias que estimulem a participação ativa dos estudantes, colocando-os como protagonistas do processo ensino-aprendizagem. A programação teórica aconteceu no Teatro Padre D’ Man, na Puc e as atividades práticas no Parque Fernão Dias.
Realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Contagem e conduzido pelos professores Jefferson Caetano e Tiago Capel, o encontro ampliou o repertório pedagógico dos educadores, abordando práticas inclusivas, considerando os aspectos sociais e culturais dos alunos.
“Foi uma grande alegria participar desta ação ao lado do Instituto Arcor. Formações como essa têm um valor imenso, especialmente quando falamos de professores da rede pública. Elas criam espaços de escuta, reflexão e troca de experiências que são fundamentais para ressignificar o papel da Educação Física na escola”, comenta Jefferson Caetano, um dos professores que conduziu a iniciativa.
Segundo ele, o workshop “Óculos Pedagógicos” busca provocar um olhar mais atento para as metodologias que colocam o aluno no centro do processo, valorizando o jogo como linguagem, cultura e como ferramenta potente de aprendizagem. “Quando o professor amplia seu repertório pedagógico e passa a enxergar além do "fazer por fazer", ele transforma a sala de aula — ou melhor, o pátio, a quadra, o parque — em um espaço vivo de construção coletiva. Isso impacta diretamente na qualidade do ensino. Alunos que se sentem parte da aula, que são desafiados, ouvidos e respeitados em sua individualidade e em sua cultura corporal, naturalmente se engajam mais. Eles aprendem com mais sentido. E o professor, por sua vez, também se sente mais motivado, mais autor da própria prática”, destaca Jefferson.
A formação propôs estratégias inovadoras que tornam o ensino mais acessível, inclusivo e significativo. A proposta é que os professores ampliem seu repertório pedagógico e ofereçam experiências que respeitem as diferenças, os contextos sociais e culturais das crianças.
Além disso, a atividade reforçou a importância de criar ambientes de aprendizagem dinâmicos, promovendo o desenvolvimento motor, cognitivo e emocional dos estudantes por meio do movimento, da ludicidade e da participação ativa.
Para Hamilton Gonçalves Barbosa, professor da Escola Municipal Deputado Jorge Ferraz, a iniciativa incentiva os professores a elaborarem estratégias diferenciadas para aplicarem nas aulas que fujam do movimento do “fazer pelo fazer”. “Esses momentos são muito interessantes para promover um encontro com os profissionais da rede municipal de Contagem. É um momento de trocas de experiências e diálogo que nos instiga, por meio do nosso conhecimento, a ter novas ideias. Além disso, tivemos a oportunidade de ter atividades dinâmicas no Parque Fernão Dias, um espaço público de proteção ambiental que serve como um ambiente propício inclusive para visitas das escolas. Valorizar o poder do exercício físico na educação é essencial. A ação nos fez refletir e agir para que essa atividade contribua de forma significativa para os estudante”, destaca.
A iniciativa está alinhada à uma das linhas de atuação do Instituto Arcor, que é a infância e vida saudável.
[post_title] => Professores da rede municipal de Contagem participam de formação com o tema: Óculos pedagógicos – enxergando as possibilidades nas aulas de Educação Física
[post_excerpt] =>
[post_status] => publish
[comment_status] => closed
[ping_status] => closed
[post_password] =>
[post_name] => professores-da-rede-municipal-de-contagem-participam-de-formacao-com-o-tema-oculos-pedagogicos-enxergando-as-possibilidades-nas-aulas-de-educacao-fisica
[to_ping] =>
[pinged] =>
[post_modified] => 2025-04-11 12:38:20
[post_modified_gmt] => 2025-04-11 15:38:20
[post_content_filtered] =>
[post_parent] => 0
[guid] => https://fundacionarcor.org/?p=22076
[menu_order] => 0
[post_type] => post
[post_mime_type] =>
[comment_count] => 0
[filter] => raw
)
[2] => WP_Post Object
(
[ID] => 22052
[post_author] => 3
[post_date] => 2025-03-19 11:29:29
[post_date_gmt] => 2025-03-19 14:29:29
[post_content] => Hoje celebramos o
Dia Mundial da Água e é o momento perfeito para refletirmos sobre a importância desse recurso vital!
Mais do que um elemento essencial para a vida, a água é fonte de aprendizado e conscientização.
Ao ensinarmos nossas crianças sobre o valor da água, estamos moldando a consciência das gerações futuras e incentivando práticas de cuidado com o nosso planeta. Preparamos 6 experimentos que podem ser realizados em casa ou na escola, abordando temas como água e energia, impacto ambiental e desperdício. Imagine a alegria das crianças enquanto aprendem a importância de preservar nosso planeta e o meio ambiente através de atividades interativas!
Para acessar todo o material, clique no botão de
download!
[post_title] => VAMOS PRESERVAR O MEIO AMBIENTE!
[post_excerpt] =>
[post_status] => publish
[comment_status] => closed
[ping_status] => closed
[post_password] =>
[post_name] => vamos-preservar-o-meio-ambiente-2
[to_ping] =>
[pinged] =>
[post_modified] => 2025-03-22 10:03:56
[post_modified_gmt] => 2025-03-22 13:03:56
[post_content_filtered] =>
[post_parent] => 0
[guid] => https://fundacionarcor.org/?p=22052
[menu_order] => 0
[post_type] => post
[post_mime_type] =>
[comment_count] => 0
[filter] => raw
)
[3] => WP_Post Object
(
[ID] => 21929
[post_author] => 3
[post_date] => 2025-02-17 16:23:57
[post_date_gmt] => 2025-02-17 19:23:57
[post_content] =>
Por Carmen Silvia Carvalho
A primeira infância é o alicerce do ser humano e do cidadão. Uma casa com alicerces fortes e bem estruturados terá paredes e telhados sólidos, capazes de enfrentar ventos fortes. Se o alicerce não for consistente, a chance das paredes terem rachaduras ou ruírem é grande. Por essa razão, a primeira infância é considerada o período mais importante da vida de uma pessoa.
Somos constituídos na interdependência entre o corpo, a mente, o espírito, a afetividade e o meio; e, é na interação com o meio que nos desenvolvemos. Segundo o pediatra, Dr. João Martins Filho, 50% de nossa personalidade é genética, e 50% dela vai sendo constituída nas trocas e interações que fazemos ao longo da vida. E a primeira e mais importante matriz dessas interações é a família7.
A criança nasce com uma impressionante potência para aprender tudo: no primeiro segundo de vida estabelece 25 mil sinapses com 100 mil neurônios que irão estabelecer milhões de outras conexões; e nos primeiros mil dias de vida (gestação + 2 anos) ela terá o maior crescimento mental, imunológico, neurológico e emocional8.
Do ponto de vista intelectual, a criança construirá, segundo o cientista do desenvolvimento humano, Jean Piaget, as noções de tempo, espaço, permanência do objeto e tantas outras que serão matrizes de toda a inteligência9.
E como a criança aprende quem ela é? É na troca com o outro que nos constituímos, o outro é o caminho para nós mesmos. Essa necessidade de espelhamento é estrutural do ser humano, e, é por isso que a criança precisa se sentir aceita, aprovada para se sentir bem e constituir uma identidade positiva. Essa constituição é muito importante, pois essa autoimagem influenciará todos os aspectos de sua vida: as relações consigo, com os outros e com seus projetos de vida. E aí entra a família. Se a criança nasce em um lar que acolhe, cuida, alimenta, trata com carinho, ela começa desde pequena a se ver como alguém merecedor de amor, importante, pertencente àquele grupo e começará a constituir uma autoimagem positiva de si mesma. Se, ao contrário, ela nasce em um lar que a ignora, sofre maus tratos e abandono, ouve palavras que a desmerecem e a desqualificam, cresce achando que não é merecedora de amor, de respeito, que não é parte daquele lar e constituirá uma autoimagem negativa. A afetividade e o cuidado são as grandes matrizes do vínculo.
O que define o vínculo é a união com características duradouras, laços e elos de conexão. Ele está ligado a relações recíprocas, que se baseiam nos pilares de conhecimento, reconhecimento, ódio e amor10.
Quero chamar a atenção para as palavras recíproca e amor desta definição, porque elas são as chaves da conexão. Recíproca porque só acontece se os lados estiverem com polos que se aproximam, e amor, porque é ele a eletricidade que perpassa os dois polos para acontecer a conexão.
Apesar de parecer que não, há diferentes formas de amar e expressar o amor. Dependendo de como a pessoa pensa o que é amar e como deve ser expresso, serão suas atitudes no estabelecimento da relação. Nesta conversa, quero falar de alguns ingredientes que aprofundam a conexão entre pais e filhos por serem nutritivos, já adiantando haver outros que não são nutrientes e não serão objetos de nossa interação.
A primeira coisa é ensiná-la a amar. A si, ao outro, à vida. E, para isso, é fundamental ajudar a criança a se conhecer e a se fortalecer emocionalmente, ajudando-a a construir uma visão de si positiva, a perceber que é amada e merecedora de amor, como já dissemos. Ou seja, aprender que as relações saudáveis acontecem na troca amorosa e pedem apoio emocional. Ele se expressa em carinho, aceitação, incentivo, presença acolhedora, que ajuda o outro a se sentir bem consigo mesmo, especialmente nos momentos mais difíceis. E esse apoio, no vínculo, é recíproco. Se os pais ou as pessoas que cuidam da criança expressam seu amor dessa forma, a criança aprende a expressar o seu amor, assim também, e irá apoiar seus pais, amigos e filhos com uma presença acolhedora, especialmente nos momentos difíceis da vida do outro. Os pais ou responsáveis, muitas vezes, pensam que seria uma fraqueza a criança perceber que eles não estão dando conta de alguma coisa, mas é o contrário. Mostrar a vulnerabilidade faz com que vejam o adulto com mais proximidade e pedir ajuda faz com que se sintam importantes, corresponsáveis e úteis. Amar o outro e a vida começa por amar a si.
Outra coisa que o amor saudável pede é que nós, adultos, as ensinemos a escolher. Escolher é uma necessidade da vida, fazemos isso a todo instante, mas não é fácil. Escolher é difícil, em primeiro lugar porque algo fica de fora e, muitas vezes, algo que era desejado. Muitas vezes o que você precisa escolher é o que menos deseja e o que fica de fora é o que mais deseja. É difícil escolher fazer a lição e deixar o futebol, o game ou a rede social de fora. Para fazer uma escolha dessas é preciso alto nível de consciência de seu propósito, alto nível de tolerância à frustração e autocontrole. Por isso, é importante que as crianças aprendam, aos poucos, a autorregulação, a decidir por si mesmas. Isso é crescer.
Mas, para aprenderem a escolher, é preciso que as deixemos fazer isso. Começa por pequenas escolhas, como a roupa que usará, se fará tal coisa antes ou depois do jantar, para gradativamente ir ampliando o espectro de situações possíveis. Na adolescência, eles precisarão escolher se estudam, se aceitam o cigarro que os amigos estão oferecendo, se deixam o menino beijar ou avançar nos carinhos, se mentem e fazem o que querem ou falam a verdade e assumem seu desejo. Para se preparar para as escolhas que vão ficando cada vez mais complexas conforme se cresce, é preciso aprender a escolher desde cedo.
E, se do ponto de vista emocional tudo isso não é simples, escolher tem outra coisa que é complicada. Quando a pessoa escolhe, torna-se responsável pelo que escolheu. Não dá para colocar a culpa no outro. Essa liberdade, que é maravilhosa, é também um grande peso. Quando a criança cresce assumindo a responsabilidade sobre suas escolhas, ela aprende a perceber que há possibilidades diversas de se conquistar algo, ela aprende sua potência e não culpa o outro por seus atos e decisões.
A possibilidade de escolher é essencial para se tornarem adultos autônomos. Mas, por que é tão difícil deixar escolher? Na maior parte das vezes é porque o adulto não aguenta o erro ou não aguenta que a criança ou o jovem faça escolhas diferentes das que ele gostaria.
Se deixá-la escolher a roupa, pode colocar tudo descombinado; se deixá-la escolher, corre o risco de que faça uma má escolha, algo que o adulto considera que não é bom para ela. E não é simples aguentar esse risco sem criticar ou culpá-la quando discorda. Mas, se as crianças e jovens não exercitarem a escolha, não puderem errar sem serem criticados, sentirão medo de escolher, terão insegurança e, com frequência, culparão os pais por tudo o que não der certo na vida deles. O adulto impor sua vontade é uma forma poderosa de romper a conexão, especialmente com os adolescentes, e essa ruptura pode permanecer, muitas vezes, pela vida adulta.
Permitir que aprendam a escolher não significa deixar de colocar limites. Os limites são necessários, especialmente quando são pequenos, porque o mundo interno da criança ainda tem pouco “contorno”, ela conhece pouco de si, das regras, das relações, dos riscos, dos perigos… a questão não é se o adulto deve colocar limites, mas como colocar. Infelizmente a cultura vigente é de que a pessoa aprende pelo prêmio, quando atende a expectativa do adulto ou pelo apontamento do erro e punição, se age sem obedecer. “Vá para o quarto!”, “Fica sem celular por X dias”, e tantas outras formas de castigar e excluir, tão comuns na educação dos filhos. A criança logo aprende que quando ela quer que o outro satisfaça seu desejo, que a obedeça, deve fazê-lo sofrer para que sinta medo de se opor; e agirá dessa forma com os amigos e, no futuro, educará seus filhos assim, pois foi como aprendeu. Essa é a principal estratégia para a manutenção da violência nas relações humanas.
Mas, se a colocação do limite for feita de forma segura, consistente e respeitosa, ele cumprirá seu papel de ajudar a estruturar e integrar a criança na sociedade. Esse limite amoroso começa por uma conversa ou uma explicação, que, quanto menor a criança, mais curta deve ser. É importante que a criança compreenda a razão da regra ou do combinado para ir criando consciência da razão daquela conduta. Se for maior, esse é o momento da negociação. Depois, é importante pedir que ela repita o que foi combinado, para garantir que tenha compreendido.
Para que a criança atenda, a melhor estratégia é olhar com firmeza diretamente em seus olhos e falar com voz baixa, firme e decisiva. “Já disse que não. Não adianta insistir.” Essas palavras são suficientes para que ela compreenda que aquele é um não. Sem sermão, sem negociações posteriores. Sem medo. Limites claros e consistentes dão segurança à criança.
É também importante os pais compreenderem que o brincar é a linguagem genuína da criança aprender, se comunicar e expressar seus desejos, de entender o mundo onde vive. Garantir tempo para que ela brinque livremente, explorando o meio, os objetos à sua volta, criando e fantasiando é fundamental para construir sua inteligência, segurança e estabelecer uma relação saudável com a vida e consigo.
E, por ser a linguagem dela, os pais brincarem, conversarem, contarem histórias e ouvirem as histórias da criança; jogar, cantar, rir, fazer coisas juntos, é essencial para a construção desse amor recíproco, dessa conexão profunda, que constitui uma criança forte do ponto de vista emocional, corajosa para aprender e enfrentar os desafios da escola e da vida, capaz de se relacionar consigo e com o outro pelo respeito e amorosidade. Essas são as conquistas mais importantes da vida de seu filho, vale a pena você investir nelas!
PARA CONTINUAR LENDO
INHELDER, Barbel; BOVET, Magali; SINCLAIR, Hermine.
Aprendizagem e Estruturas do Conhecimento. Tradução: Maria Aparecida Rodrigues Cintra e Maria Yolanda Rodrigues Cintra. São Paulo: Saraiva, 1977.
MACEDO, Lino.
Ensaios Pedagógicos: como construir uma escola para todos? Porto Alegre: Artmed, 2005.
MACEDO, Lino.
Ensaios Construtivistas: São Paulo: Casa do Psicólogo, 2010.
MARTINS FILHO, José.
Os primeiros 1.000 dias de vida. Café Filosófico CPFL. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=g2cVXuSJdp8. Acesso em 01 abr. 2024.
MATURANA, Humberto.
Amar e brincar: fundamentos esquecidos do humano do patriarcado à democracia. Tradução: Humberto Mariotti e Lia Diskin. São Paulo: Palas Athena, 2004.
SANTOS, Elisama.
Educação não violenta: como estimular autoestima, autodisciplina e resiliência em você e nas crianças - 7.ed. São Paulo: Paz e Terra, 2020.
CARMEN SILVIA CARVALHO é formada em Letras pela USP, Mestre em Psicologia da Aprendizagem e Desenvolvimento Humano pela USP e MBA em Gestão e Empreendedorismo Social pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Dedicou sua vida profissional à educação em busca da transformação dos indivíduos, das relações humanas e da sociedade. Apaixonada pela teoria de Jean Piaget, estudou-a por mais de 20 anos e participou do Laboratório de Psicopedagogia da USP, coordenado pelo professor Dr. Lino de Macedo. Atuou como assessora na área de Português em escolas das redes pública e particular por mais de 20 anos. Participou em congressos e ministrou cursos sobre a teoria de Piaget, ensino de Português e atendimento psicopedagógico. Atua como psicopedagoga há mais de 30 anos, contemplando a orientação aos pais.
Atualmente, milita na Cultura de Paz, levando para empresas, ONGs, Poder Judiciário, Fórum de Cultura de Paz, Universidade Umapaz, entre outros espaços, palestras e cursos com reflexões sobre formas de convivência não violentas, em busca da melhoria das relações humanas e da diminuição da violência na sociedade. Estudou Mediação de Conflitos, Formação de Consenso, Comunicação não violenta, aplicação da Justiça Restaurativa e Ética nas escolas. É professora de Cultura de Paz na Associação Palas Athena, onde faz parte do Conselho Consultivo. Foi uma das coordenadoras do curso de Cultura de Paz e Tecnologias da Convivência, em 2022, na Associação Palas Athena.
*Artigo publicado no Livro Cultura da Infância, do Instituto Arcor.
Para fazer o download da publicação completa, CLIQUE AQUI.
INFÂNCIAS VIVENCIADAS - CARMEN SILVIA CARVALHO
- Qual era a sua brincadeira favorita; em casa, no quintal, na escola?
Quando eu era criança, meu pai era juiz no interior do estado de São Paulo. As cidades onde moramos eram pequenas e toda a meninada brincava na rua, que não tinha quase trânsito. Eu adorava pular corda, brincar de pega-bandeira e esconde-esconde. Não tenho certeza qual delas era minha preferida, mas acho que era pega-bandeira…
Em casa, eu tinha bonecas de papelão grosso que comprava no jornaleiro e adorava fazer roupas para ela. Tinha caixinhas com vestidos, calças, blusas, maiôs e toda sorte de vestuário, inclusive vários vestidos de noiva. Naquela época, sonhava ser modista, e agora nem ligo para moda. Eu tinha também uma boneca e adorava fazer as coisas para ela. Fazia roupas de crochê e uma vez fiz uma cama toda pintada com a caixa de figo que minha mãe comprava. Nunca ninguém teve uma cama de boneca mais linda que a minha!
Na escola, brincava de gangorra e esconde-esconde. Também ficava procurando garrafas vazias que o pessoal mais velho abandonava no pátio para trocar por Nhá Benta.
- Alguma música da sua infância que sempre ecoa em sua memória? Escreva um trechinho
Meu pai cantava uma música chamada “
Sonhei que tu estavas tão linda” e eu acreditava que ele havia inventado para mim e que eu era a namorada dele. Lembro até hoje minha decepção quando, mais velha, ouvi a música no rádio e descobri a verdade. Chorei muito de decepção. Quem disse que Freud não estava certo?
A letra era mais ou menos assim:
Sonhei que tu estavas tão linda, numa noite de raro esplendor.
Teu vestido era branco, todo branco, meu amor.
A orquestra tocou uma valsa dolente, tomei-te aos braços, fomos dançando ambos silentes… e por aí vai. Na minha imaginação, eu dançava e rodopiava nos braços dele…
- Qual brincadeira de rua você mais participava com outras crianças?
Todas as brincadeiras de rua eram com as crianças da vizinhança. Éramos muitas! Colocávamos um caixote em cada esquina e os carros respeitavam. Inventamos as “ruas de lazer” há 60 anos!
- Quais adultos foram marcantes positivamente em sua infância?
Na minha infância, foram meus pais, eles eram maravilhosos e eram tudo na minha vida. Na adolescência, duas grandes amigas de minha mãe me marcaram. A Eunice Granato, por sua doçura, e a tia Carmen Silvia Lacerda, por sua força. Meu nome é Carmen Silvia, em homenagem a ela e espero ter herdado sua força que sempre admirei.
- Um livro, história ou autor inesquecível que descobriu na sua infância.
Quando era criança, lia muitos gibis. O Fantasma era meu herói preferido. Lia também
Monteiro Lobato e a coleção do
Mundo da Criança, especialmente os contos de fadas. No quinto ano, li
Meu pé de laranja Lima e
Éramos 6 e amei, lembro até hoje o rio de lágrimas que derramei!
A partir dos 13 anos, descobri verdadeiramente o mundo dos livros e devorei toda a estante que havia na minha casa! Quando descobria um autor, lia tudo dele. Devorei Machado de Assis, Nickos Kasantizakis, Graciliano Ramos, Lobsang Rampa e mil outros. A estante tinha 6 metros de comprimento por 3 metros de altura, cheia de livros. Aprendi tanto com eles!
- Alguma coisa que dava medo quando criança?
Eu tinha muito medo de desejar o que era proibido, porque, na história da Rapunzel, a mãe dela desejava os rabanetes proibidos da bruxa e, por isso, perdeu a filha que amava. Então eu tinha medo de desejar o proibido e perder as pessoas que amava. Essa história me fez muito mal, até bem tarde da minha vida.
- Um sonho de criança... Ele foi realizado?
Quando pequena, queria ser modista, hoje não ligo a mínima para a moda. Aos 11, 12 anos, queria ser freira missionária, acredite se quiser! Depois, aos 14, queria auxiliar na paz do mundo. Tenho trabalhado esse sonho até hoje, apesar de sua utopia…
- Tem uma criança dentro de você. O que você diria para ela?
Amo minha criança e a alimento diariamente. Adoro brincar, especialmente com as crianças, porque elas não têm censura, nem crítica; entregam-se para a fantasia, riem de qualquer bobeira e fazem coisas sem outro objetivo a não ser o prazer de fazer. Elas são o contraponto da minha racionalidade. Todos os dias, digo para minha criança que a amo!
[post_title] => A FAMÍLIA COMO FACILITADORA E PROMOTORA DE CUIDADOS RESPONSIVOS
[post_excerpt] =>
[post_status] => publish
[comment_status] => closed
[ping_status] => closed
[post_password] =>
[post_name] => a-familia-como-facilitadora-e-promotora-de-cuidados-responsivos
[to_ping] =>
[pinged] =>
[post_modified] => 2025-02-17 16:23:57
[post_modified_gmt] => 2025-02-17 19:23:57
[post_content_filtered] =>
[post_parent] => 0
[guid] => https://fundacionarcor.org/?p=21929
[menu_order] => 0
[post_type] => post
[post_mime_type] =>
[comment_count] => 0
[filter] => raw
)
)