INSTITUTO ARCOR BRASIL COMEMORA 15 ANOS COM SEMINÁRIO SOBRE DIREITOS DA INFÂNCIA

3 maio 2019
INSTITUTO ARCOR BRASIL COMEMORA 15 ANOS  COM SEMINÁRIO SOBRE DIREITOS DA INFÂNCIA

Uma cerimônia marcada pela emoção, valorização da diversidade cultural e reflexão sobre os direitos da infância e a educação infantil. Assim foi o seminário na noite do dia 21 de maio, terça-feira, em Campinas, celebrando os 15 anos do Instituto Arcor Brasil. Mais de 250 pessoas participaram do Seminário “Precisamos falar sobre os direitos das crianças e educação: reflexões, perspectivas e desafios”, no Hotel Premium Norte.

O evento teve a presença do presidente do Instituto Arcor Brasil, Mario Pagani, outros gestores da empresa, convidados de organizações que trabalham com direitos das crianças e adolescentes em Campinas e região e  educadores de algumas das dezenas de escolas que já foram ou ainda são parceiras da instituição em diferentes programas.

Elas, as crianças, estavam lá, em grande número, representadas pelos alunos de duas escolas públicas protagonistas da programação cultural da noite. A festa terminou com o parabéns coletivo e o compartilhar do bolo, gesto simbólico das ações em parceria que são uma das tônicas da atuação do Instituto Arcor nesses 15 anos em que deu apoio a mais de 500 projetos, atingindo mais de 3 milhões de crianças em 17 estados.

Máscaras africanas – Alunos da Escola Municipal Nilza Faria, de Bragança Paulista, abriram o evento, com a apresentação da dança Máscaras Africanas, um tributo às raízes culturais brasileiras. A escola participou do Programa Escola em Movimento, do Instituto Arcor Brasil, com o projeto Estrelas do Futuro.

Como explicou o diretor da EM Nilza Faria, Roberto Cardoso da Silva Bueno, a participação no programa foi determinante para que a dança se tornasse “efetivamente uma modalidade artística na escola”. Com 255 alunos, do 1º ao 5º ano, a escola considera a dança “uma atividade que integra toda a equipe escolar e as famílias, no desenvolvimento das habilidades das crianças”, completou o diretor.

Os alunos da EM Nilza Faria ainda apresentaram um novo número de dança, a partir do cântico SHOSHOLOZA, que se tornou o hino não-oficial da África do Sul, ao simbolizar a união dos povos historicamente segregados e que serviu de motivação para a luta até o fim do apartheid.

“É muito bom este projeto, aprendemos sempre coisas novas de outros países e estados”, comentou Kaique Domingues, de 10 anos, um dos participantes dos números de dança da EM Nilza Faria. “É bom que dançamos, brincamos e aprendemos ao mesmo tempo”, completou Sofia Carla da Silva Oliveira, também de 10 anos. Ambos são alunos do 5º ano do Ensino Fundamental.

Papel do Instituto Arcor – A coordenadora de investimento social e responsável pelo Instituto Arcor Brasil, Thais Cassano de Castro, abriu oficialmente o encontro, agradecendo a todos os que contribuíram com a instituição em 15 anos de atuação. Ela destacou o fato de que o Instituto “sempre procurou ser de fato um parceiro, e não apenas um financiador de projetos e programas”.

“Nós que defendemos, por exemplo, a gestão democrática das escolas públicas, também procuramos praticar em nosso cotidiano o diálogo permanente”, afirmou Thais, evidenciando que o respeito e a colaboração têm sido fundamentais para o Instituto Arcor cumprir a sua missão, de contribuir para que a educação seja uma ferramenta de igualdade de oportunidades para a infância.

Em seguida o gerente regional de Investimento Social do Grupo Arcor, Santos Lio, destacou como a inserção social e comunitária tem sido prática da empresa desde o seu início. Ele lembrou que a Arcor nasceu em julho de 1951 em Arroyito, pequena cidade da província argentina de Córdoba.

 “Desde o começo houve uma aproximação muito grande da empresa com a comunidade e esta é uma característica da Arcor em todos os locais onde ela atua, como no caso do Brasil”, sublinhou Santos Lio. Ele  completou assinalando que a prioridade para a infância, no centro da agenda pública, é o eixo que orienta o investimento social do Grupo Arcor nos países onde tem suas atividades.     

Direitos da infância – A trajetória dos esforços pelo respeito aos direitos da infância foi o núcleo da exposição feita em seguida, pela conferencista Maria Thereza Marcilio. Ela é fundadora e consultora da organização Avante, de Salvador (BA), referência na defesa dos direitos das crianças.

Ela lembrou que a igualdade de todos os seres humanos foi reconhecida de fato apenas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948. “E os direitos das crianças são ainda mais recentes”, ressaltou, citando a Convenção sobre os Direitos da Criança, de 1989, da qual o Brasil é signatário. Marcilio comentou que o Brasil tem um dos arcabouços legais mais avançados do mundo em termos de direitos da infância, como no caso do Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990, mas sustentou que na prática “esses direitos ainda estão longe de serem cumpridos na plenitude”.

Um dos direitos da infância, o de brincar, foi enfatizado na sequência, pelo pesquisador de brincadeiras Adelson Fernandes Murta Filho, o Adelsin. “A criança tem o direito de ser criança, esse deve ser o direito básico”, defendeu.

O Seminário “Precisamos falar sobre os direitos das crianças e educação: reflexões, perspectivas e desafios” concluiu com a apresentação do Coral da Escola Estadual Monsenhor Emilio José Salim, de Campinas, da música “Era uma vez”, conhecida na interpretação de Kell Smith. Mais emoção, alimento para as atuais e futuras ações socioeducativas promovidas ou com a participação do Instituto Arcor Brasil.

Comentários – Cada um de sua posição, os participantes do seminário comentaram o momento e o significado dos 15 anos do Instituto Arcor Brasil. “É uma grande felicidade vermos o crescimento do Instituto Arcor no Brasil, é uma reafirmação do esforço do Grupo Arcor em contribuir com o desenvolvimento social nas comunidades onde ele atua”, destacou o presidente da empresa no Brasil e do Instituto, Mario Pagani.

Educadoras e gestoras de escolas parceiras do Instituto Arcor Brasil em alguns de seus programas relataram a importância da colaboração entre instituições públicas e empresas privadas. “Esta parceria é muito importante. A escola pública tem orçamento cada vez mais reduzido e necessita de apoio da sociedade, incluindo as empresas privadas. E nós, na escola, contribuímos com nosso conhecimento pedagógico”, assinalou Angélica Carnicelli Adam, vice-diretora da Escola Estadual Professora Rosina Frazatto dos Santos, do Jardim Satélite Íris, em Campinas.

A escola participou do Programa pela Educação Integral, do Fundo Juntos pela Educação, entre 2006 e 2010, e atualmente é uma das 20 escolas com projetos apoiados pelo Instituto Arcor, dentro do Programa Aprendendo com Prazer, para Crescer Saudável. A professora Angélica é coordenadora do projeto apoiado na EE Profa. Rosina Frazatto, que tem entre suas atividades o desenvolvimento de horta hidropônica vertical. “O projeto tem sido muito importante para a escola, pois ajuda os alunos a identificarem problemas sociais do bairro e a buscarem soluções”, ressaltou, em referência aos desafios no Jardim Satélite Íris resultantes da operação durante anos do lixão de Campinas, o que deixou o solo contaminado.

A ex-diretora da EE Profa. Rosina Frazatto, Laedna Silva, também participou do evento. Ela evidenciou como foi importante para a escola participar do Programa pela Educação Integral, quando ficou mais clara a noção de que “a escola pública precisa estar junta com sua comunidade, mais aberta possível às famílias dos alunos”. Coordenadora pedagógica da mesma escola no mesmo período, Claudia Ortolan ressaltou que o projeto apoiado pelo Instituto Arcor Brasil e Instituto C&A foi determinante para o fortalecimento da Rede NovasAtitudes.Com, que continua atuante na região do Satélite Íris.

Está localizada na mesma região a Cooperativa de Recicláveis Antonio da Costa Santos, apoiada pelo Instituto Arcor Brasil como parte do Programa PorAmérica, da RedEAmérica. Fundador da cooperativa, esteve presente no seminário do dia 21 de maio Valdecir Aparecido Viana. “O apoio do Instituto Arcor e da Arcor do Brasil foi fundamental, pois ajudou a abrir portas para a Antonio da Costa Santos e outras cooperativas de recicláveis de Campinas e região”, resumiu.

Outra educadora presente foi a professora Daniela Adriana Osti, diretora da Escola Municipal Professor Augusto Elias Salles, de Rio das Pedras. É outra escola que já participou de programas do Instituto Arcor Brasil. “É muito importante a parceria com a iniciativa privada para o fortalecimento da educação, que no século 21 tem um papel ainda mais relevante”, diz ela.

“Estamos em uma sociedade cada vez mais complexa. Sozinho é difícil fazer alguma coisa. É preciso estar juntos e o Instituto Arcor sempre foi de fato um parceiro, estando conosco acompanhando e contribuindo para que os projetos beneficiem de fato o principal interessado que é a criança, é para ela que devemos fazer o melhor”, afirma a Daniela Osti, resumindo um sentimento comum em todos os presentes no evento de lembrança e comemoração dos 15 anos do Instituto Arcor Brasil.

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